Quanta gente convive em sua vida diária com a dura verdade "As pessoa a quem mais agrido são justamente aquelas que mais amo".
Esta é uma
verdade mal escondida, e a sociedade em geral, inclusive as pessoas agredidas,
colabora para encobri-la.
Mas os que
têm que lidar com essa realidade sabem que ela é uma faca de dois gumes capaz
de ferir tantos os agredidos quanto o agressor.
Por que será
que isso acontece? Isso costuma acontecer quando uma pessoa agressiva se vê
acuada diante das pessoas das quais mais espera aprovação – aquelas exatamente
a quem mais ama. Em geral, essa pessoa está se sentindo incompetente,
fracassada ou desrespeitada diante das pessoas mais importantes de sua vida,
que, na maioria dos casos são o(a) parceiro(a) e/ou os filhos. Essa pessoa quer
antes de tudo receber aprovação de sua família. As situações gatilho são
aquelas em que a pessoa chega à conclusão de que não está recebendo essa
aprovação ou mesmo de que essas pessoas a desaprovam. A atitude da pessoa
agressiva diante dessa percepção é tomar à força aquilo que julga ser seu por
direito. Se não a aprova por bem, a família há de aprova-la por mal, pois ela
fará tudo para provar que essas pessoas estão completamente erradas e são as
únicas responsáveis pelo terrível mal estar que ela está experimentando. Assim
uma pessoa acuada se transforma em um agressor.
Como
resolver essa situação?
Em primeiro
lugar, a pessoa que agride precisa de tratamento, embora, ironicamente, o mais
comum seja a pessoa agredida procurar ajuda, muitas vezes até mesmo estimulada
pelo próprio agressor, o qual tem uma grande necessidade de dizer que há algo
de errado com a pessoa agredida – e não com ele, é claro!
Em segundo
lugar, geralmente a pessoa agredida também precisa de tratamento, pois muito
frequentemente trata-se de uma pessoa a quem falta assertividade e que tem
dificuldade de estabelecer limites na relação com o agressor.
Esses tratamentos
podem ir desde psicoterapia até psicofarmacoterapia nos casos em que alguma das
pessoas envolvidas apresente algum tipo de transtorno do humor ou algo
semelhante.
Em terceiro
lugar, às vezes faz-se necessária uma terapia de casal ou de família conforme o
caso.
O mais
importante é buscar ajuda especializada o mais cedo possível, para que o amor
possa sobrepujar a dor, as fragilidades e os defeitos de cada um dos membros da
família, especialmente os do agressor.
Excelente postagem Marilene!
ResponderExcluirDeve ser por isso que presenciamos muitas relações destruídas em lares, que não se esperam, justamente pela existência visível de amor!
http://jefhcardoso.blogspot.com lhe convida e espera para ler e comentar “O Grande Circo Nonsesense – Vila Abranches”. Abraço.
Marilene:
ResponderExcluirIsso sem contar a formas de agressão mais rotineiras como, depois de um certo tempo de casamento/união, começam as asperezas entre os cônjuges, já são mais ácidos, costumam gritar e até xingamentos... isso, para mim, é tão forte quanto um tapa, embora as pessoas, em geral, não vejam assim.
Concordo plenamente com você, Renata.
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