MUDAR É PRECISO

Mudar não é somente necessário. É também inevitável. E nós, ou nos esforçamos para mudar para melhor, ou nos sujeitamos a mudar de qualquer maneira... para bem ou para mal.

A Física e a Neurociência nos ensinam hoje o que o filósofo Heráclito já sabia vinte e cinco séculos atrás: “O mesmo homem não entra no mesmo rio duas vezes.”

A Física nos ensina que todos os corpos do universo encontram-se em contínuo e ininterrupto processo de mudança. A Neurociência nos ensina que nosso cérebro é a parte que mais facilmente muda em nosso corpo. Hoje sabemos que nosso cérebro se encontra sempre em constante transformação: a isto se denomina “plasticidade cerebral”. E sabemos que esse processo de transformação modifica continuamente nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos. E nossos sentimentos, pensamentos e comportamentos modificam nosso cérebro. Se somos seres que mudam física e mentalmente a todo momento, como ousamos dizer que “não vamos mudar"?  Somos seres em constante e perene mutação. Na verdade, não somos apenas seres, somos devires: seres que a cada instante vêm a ser, transformam-se e nunca mais são como antes foram. Se somos devires, por que nossos relacionamentos podem e/ou devem ser estáticos? Assim como nós mesmos, os relacionamentos entre nós e outras pessoas se modificam a cada momento, e jamais voltam a ser como foram: ou se tornam melhores ou piores, mas jamais param de mudar. Se para bem ou para mal, depende de nós mesmos. Se não nos esforçamos para mudar nossos relacionamentos para bem, sujeitamo-nos a que eles mudem de qualquer maneira... para b em ou para mal. Você já havia pensado nisso? E já pensou alguma vez que o relacionamento amoroso, exatamente como todos os outros relacionamentos, também é assim?

Nem nós, nem as coisas nem o universo para de mudar. Como poderia o amor não mudar?  O relacionamento amoroso que não é trabalhado para mudar para bem, ainda assim, há de mudar... para bem ou para mal. Depende de nós decidir se nos esforçamos para melhorar nosso relacionamento amoroso, ou se o deixamos seguir à deriva... para bem ou para mal, ao sabor dos ventos da vida.